Com o objetivo de promover a conscientização socioambiental entre estudantes, escolas públicas do Acre estão sediando, durante todo o mês de junho, a 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente – Etapa Escolar. A iniciativa é coordenada nacionalmente pelos Ministérios da Educação (MEC) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com coordenação estadual da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), por meio da Divisão de Educação Ambiental.

Em 2025, o tema da conferência é: Vamos transformar o Brasil com Educação e Justiça Climática, e faz parte do movimento de preparação do país para a Conferência do Clima (COP30), que ocorrerá em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro deste ano.
A conferência busca transformar adolescentes em protagonistas da causa ambiental, incentivando-os a debater e propor projetos que dialoguem com os desafios da sustentabilidade em seus próprios territórios. “O maior objetivo é gerar mudança de comportamento. Que os alunos levem esse conhecimento para a comunidade, para a escola e para a vida”, explicou Janaína Brita, assessora da Divisão de Educação Ambiental da SEE.
Protagonismo Infantojuvenil
A ação é realizada em dezenas de escolas urbanas e rurais do estado e faz alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho. Durante os encontros, os estudantes apresentam trabalhos sobre temas como acesso à água, queimadas, reciclagem, inclusão e os impactos das mudanças climáticas em suas comunidades.

“Ano passado, a fumaça foi tão intensa que ficamos 40 dias sem aula. Teve até uma chuva preta que matou muitos peixes. Eu espero que o futuro da Amazônia tenha menos poluição e mais árvores”, relatou o estudante Igor Gabriel Lima, de 12 anos, da Escola Paulo Freire.
Além de debater os problemas, os alunos também colocaram a criatividade em prática. “Fizemos jogos táteis com material reciclado para uma colega com deficiência visual. Aprendi muito sobre o racismo ambiental e o impacto que isso tem nas nossas vidas”, disse Ana Clara Santos, de 13 anos.

Professores também destacaram a importância da conferência como ferramenta pedagógica e de transformação social. “Estamos trabalhando a inclusão, a sustentabilidade e mostrando que qualquer material pode ser reaproveitado como recurso didático”, contou a professora de ciências, Jailini Araújo.
Justiça Climática
Durante os encontros, conceitos como justiça climática e racismo ambiental são abordados com profundidade. “As comunidades mais pobres são as mais afetadas pelas mudanças climáticas, pela precariedade de saneamento e de coleta de lixo, por exemplo”, disse o coordenador de projetos da ONG SOS Amazônia, Luiz Henrique Borges.

Ele reforça que levar esses debates para as escolas é preparar as novas gerações para enfrentar um futuro já comprometido pelas consequências ambientais.
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