O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) busca fortalecer, por meio de videochamadas, os vínculos entre as mulheres privadas de liberdade e seus filhos e familiares por intermédio do projeto de televisitas “Uma possibilidade de afeto”.
Atualmente, a Divisão de Estabelecimento Penal de Rio Branco está com 163 mulheres reclusas, e esses encontros virtuais acontecem a cada dois meses sob supervisão de equipes técnicas, assistentes sociais e de policiais penais, e duram dez minutos, o que já proporciona um alívio no coração de cada apenada, é o que conta Emanuela Cunha Amorim, assistente social do Iapen: “Com relação às televisitas, a gente tenta fazê-las com a periodicidade de a cada dois meses, e a prioridade são as reclusas que não têm visita de nenhum familiar ou que são de outro estado ou outro país. Temos algumas situações em que, mesmo recebendo visita, elas fazem a videochamada, como decisão judicial ou doença de um familiar, entre outros”.

K. A. S., de 30 anos, é uma das mulheres privadas de liberdade que tem acesso ao serviço. Ela fala que fica muito feliz em rever os familiares: “A videochamada é muito importante para pessoas que estão aqui dentro, porque muitos familiares não têm condições de vir até a gente. Então, se torna muito importante na vida das detentas, aqui dentro do sistema penitenciário. E eu fico muito feliz quando eu venho para a telechamada, porque é onde eu vejo meus familiares e me sinto melhor aqui dentro, para poder cumprir direitinho e sair e me ressocializar”.
A maioria das mulheres em situação de cárcere não recebe visitas dos filhos, nem dos companheiros ou parentes, por inúmeras razões. A. C. C. está há 5 anos na Divisão de Estabelecimento Penal de Rio Branco. Ela é uma das poucas detentas que ainda recebem visita dos esposos, e conta que a televisita lhe ajuda a manter contato com seus filhos e familiares que moram em outro estado: “Eu tenho a visita do meu esposo, porque a minha família não mora aqui, mora em outro estado, e a televisita me ajuda a saber notícias dos meus filhos também, e é muito importante porque eu sei notícias da minha família”.
“É uma forma de estreitar esses laços, para não se romperem de vez, porque muitas detentas têm a família muito longe, e por essa chamada de vídeo elas podem ver os filhos, ter contato com os pais e, assim, se fortalecer. Então, quando a gente implementou a chamada de vídeo, vimos também que melhorou muito a qualidade de vida e bem-estar das presas”, ressalta a assistente social do Iapen, Bianca Souza.
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